terça-feira, 29 de novembro de 2016

LAURINDA FORA DA ESTRADA





Os senhores que jogam carteado na praça lançam um olhar curioso para o  fusca 77 amarelo que chega ao Distrito Rural. Não que seja estranho ver um fusca por ali, mas esse é o Fusca Zé, que vem carregando duas grandes cornetas de som (como o carro da pamonha), tocando a música composta por Tonho Costa e em seu interior sim, dois pamonhas: Lambreta e Mereceu.



O Fusca Zé percorre as ruas com suas luzes brilhantes e uma voz esganiçada que convida os moradores para o espetáculo que acontecerá daqui a pouco. Onde? Na praça da igreja, o melhor lugar para reunir o pessoal e apanhar sorrisos.

Durante todo o percurso, Lambreta e Mereceu brincam com as pessoas que passam na rua, com a mulher que está lavando a calçada, com as crianças que empinam pipa e até com a sogra que está na janela. O importante é que todos saibam que o Triolé está por ali e isso é sinônimo de riso frouxo.




E os risos já começam a afrouxar antes mesmo do espetáculo começar. Nesse passeio já é possível encontrar alguns risos tímidos, risos escrachados, risos inocentes, risos banguelas, e até alguns risos engolidos (aqueles em que a cara está fechada, mas a gente tem certeza que por dentro tem um riso escondido). 

Os Distritos Rurais são lugares pequenos, e em aproximadamente uma hora de passeio, o Fusca Zé encontra e reencontra o pessoal, fala e repete, lembrando que o Triolé está por ali e que o espetáculo vai começar. 








Na praça da igreja, o som começa a ser montado. Uma barraca, lembrando uma pequena lona de circo toma seu espaço e em frente à ela, o Fusca Zé. Afinal, apesar de não atuar diretamente nesse espetáculo ele é quem fornece energia elétrica para toda a apresentação. As pessoas passam e olham curiosas a movimentação do pessoal: O Borracha (técnico de som e palhaço)  puxando fio, carregando caixa de som, ligando computador, testando as músicas. A Gabriella (produtora e contateira - aquela que faz contatos) conversa com o pessoal, ajuda a pensar no melhor local para a apresentação, compra comida para os palhaços, registra as ações e divulga na "ternéti". O Lafaiete (fotógrafo e palhaço) fotografa e filma tudo que acontece por ali - aliás todas essas fotos aqui são dele. E os palhaços Lambreta e Mereceu? Sobrou alguma coisa pra eles? montarbarracadirigirfuscachamarpúblicoprepararmaterialcolocarfigurinoemaquiagemfazerrir







Ao final da missa o público começa a sair da igreja e se aproxima do espaço de apresentações, a música começa e Lambreta inicia o espetáculo, fazendo malabares com um banquinho, acrobacia com um paletó e chapéu,  tourada com o público. Mereceu entra e amarra todo o público que está assistindo e quem não está também, para garantir que todos fiquem por ali. Os dois começam uma disputa para saber quem vai ficar com a palhaça Laurinda, que é a estrela de uma matéria de jornal. Os risos vão tomando forma, alguns mais altos, outros disfarçados. Às vezes é possível recolher algumas centenas deles ao mesmo tempo. E os palhaços não perdem tempo, recolhem um a um cada sorriso daqueles adultos, crianças, senhores e senhoras. Ao final, conforme a tradição do teatro de rua, o chapéu é passado por todos, por que o riso preenche a alma e o dinheiro o bolso.






O Triolé tem por  princípio levar a arte  para locais onde não chegam espetáculos ou ações artísticas com frequência. Seus espetáculos são sempre pensados para espaços abertos e públicos. E nesse sentido, o Fusca Zé é essencial, porque hoje o grupo utiliza o carro como seu ponto de energia para ligar todos equipamentos necessários, sendo possível apresentar os espetáculos em qualquer lugar. 

"Laurinda fora da Estrada" é a circulação pelos Distritos Rurais de Londrina, um projeto aprovado pelo Promic - Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Londrina. Entre agosto e novembro de 2016, o Triolé percorreu os Distritos Rurais de Warta, Regina, São Luiz, Guaravera, Maravilha, Paiquerê, Irerê e Lerrovile.



No total, foram nove apresentações, uma a mais que o previsto no projeto ( Patrimônio Regina recebeu duas), aproximadamente 950 pessoas assistiram o espetáculo, o Fusca Zé percorreu em torno de 700 km e indiretamente o grupo levou ao conhecimento de 10.000 pessoas (com o passeio do carro de som) que aconteceu um espetáculo naquele distrito. 

E esse tipo de ação não é de hoje. O Triolé nasceu em 2010 e de lá pra cá sempre se apresentou nesses locais: em 2015 também circulou por cinco Distritos Rurais de Londrina. Já viajou por dez cidades de pequeno porte do Paraná, se apresentou em diversos bairros afastados de Londrina e outras cidades do Brasil,  e ainda possui sua sede (a Vila Triolé Cultural) em um bairro afastado do centro da cidade de Londrina, reforçando a proposta do grupo. 

Então, se você vir por aí um fusca amarelo com dois palhaços dentro, corre pra praça, porque Hoje Tem Espetáculo do Triolé!!!













*todas as fotos: Lafaiete do Vale


O QUE FALAM SOBRE O TRIOLÉ???
(clique na imagem para ampliar)







* informações públicas que estão disponíveis  no Facebook

quinta-feira, 9 de junho de 2016

FESTIVAL DO MINUTO NO TRIOLÉ



O Triolé integra a rede de exibições do Festival do Minuto 2016

Exibição das mostras: NANO MINUTO e ANIMAÇÃO (mostra minuto 25 anos), MELHORES MINUTOS 2015.

Sexta - 19h / sábado - 15h30 

Ingressos Gratis (limitado a 50 pessoas por sessão). 

Outras informações pelo (43) 3024-3330 / contato@triolecultural.art.br

terça-feira, 19 de abril de 2016

André Mendes ministra oficina no projeto Areté: de Leste a Oeste



O artista André Mendes, de Curitiba, ministrará pela primeira vez em Londrina a oficina de pintura mural em cerâmica “UM”. A oficina é voltada para os participantes do projeto Areté: de Leste a Oeste, que atende crianças e adolescentes de 9 a 15 anos. Os encontros são gratuitos e acontecerão nos dias 20 e 21 de abril, das 8:30 às 11:30 na Vila Triolé Cultural e na Vila Cultural Grafatório.

O objetivo da oficina “UM” é a elaboração de um mural em cerâmica, onde os participantes utilizarão decalques para compor pequenas imagens individuais. Quando unidas as peças, o todo ressignifica as formas, com a possibilidade de novas composições, conduzindo à elaboração de um grande painel coletivo. Após a criação deste painel, os azulejos passarão por um processo de queima e posteriormente será instalado em local a ser definido pelo coletivo do projeto.

Sua pesquisa e produção plástica transita pela pintura em um plano escultórico e arquitetônico, perpassando a materialidade da cor em um comportamento fluído. O acaso se manifesta em seu trabalho e transborda também para outras superfícies do mundo ao redor, se inserindo em muros, painéis e em objetos pictóricos.

A ideia desses encontros, abertos à toda comunidade londrinense, têm como objetivo o intercâmbio cultural entre diferentes regiões do país e da cidade, perpassando por rompimentos de barreiras, onde as noções de margem e centro podem diluir-se. A participação de André Mendes no projeto, atua para a descentralização da arte na cidade, levando ao deslocamento de áreas centrais para as regiões periféricas. Este contato contribuirá tanto nas investigações artísticas que serão realizadas, quanto para estimular o sistema de troca comunitário dentro da cidade de Londrina.

O projeto Areté: de Leste a Oeste conta com o patrocínio do PROMIC (Programa Municipal de Incentivo à Cultura).

As inscrições para o projeto ainda estão abertas e podem ser feitas pelos telefones abaixo
:
Vila Cultural Grafatório
Av. Paul Harris, 1575 | 3024-3533

Vila Triolé Cultural
Rua: Etienne Lenoir, 155 | 3024-3330

Alissar Ayoub – coordenadora do projeto

9673-9882

sexta-feira, 4 de março de 2016

Triolé no Shopping Norte



Neste sábado, 05 de março, estaremos no Londrina Shopping Norte, com o espetáculo

Qual a Graça de Laurinda?

A apresentação começa às 16h, no Clubinho (em frente à Praça de Alimentação) e o melhor de tudo: é GRÁTIS

Quer saber mais sobre o espetáculo? 





quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Tudo novo no Triolé...






A partir do dia 7 de março, o Blog Triolé estará de cara nova:

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Novas notícias
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Novas programações...

Mas os palhaços... São os mesmos... Ou quase os mesmos...